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Exu é demônio? Exu é do Mal? Quem é Exu?

Exu é do Mal

O MISTÉRIO EXU SEGUNDO A CIÊNCIA DIVINA

O Mistério espírita Exu foi humanizado na África e a divindade cósmica e dual Exu tem sido evocada há vários milênios, sempre segundo rituais seguidos à risca pelos seus sacerdotes (babalaôs, babalorixás e Ialorixas).

Entenda o que é Exu

Veja:

Exu é um mistério da criação e é regido pelo divino Mehór yê, que é um Trono Cósmico dual, polarizador natural da divina Mahór yê, que é o Trono Cósmico dual regente do Mistério “Pombagira”.

Mehór yê rege sobre a vitalidade em seu aspecto geral e sobre o vigor sexual em seu aspecto particular.

Mahór yê rege sobre o desejo em seu aspecto geral e sobre o desejo sexual em seu aspecto particular.

“Trono” carrega seu “cetro de poder”, ou seu “cetro simbólico”.

Ogum porta a sua espada; Xangô porta seu machado; lansã porta seu…,

Oxalá porta seu…, Yemanjá porta seu…,

Oxum porta seu…,

Nana Buruquê porta seu…

Já Exu “Natural” porta seu cetro simbólico, que é de formato fálico.

Exu Natural, no particular, rege sobre o vigor sexual e tanto pode vitalizá-lo como desvitalizá-lo.

Por isso, seu cetro simbólico é um falo.

Mas, no geral, Exu tanto vitaliza quando desvitaliza todos os sete sentidos capitais de um ser .

Por que o cetro simbólico de Exu Natural (que nunca encarnou) é fálico?

Seu cetro simbólico está mostrando um dos seus campos na¬turais de atuação, que é a sexualidade, assim como está deixando patente que lida naturalmente com a energia vital gerada no apare¬lho genésico que, se quintessenciada, resulta no fluxo da energia kundalini, que é a responsável pela abertura de faculdades mentais superiores, capacitando as pessoas e dando-lhes condições de sus¬tentarem operações mentais muito mais sutis e abrangentes.

Logo, como o falo é o símbolo mais marcante do vigor sexual, Exu tem nele seu “totem” ou cetro de poder.

O Linghan Hindu é um símbolo de Exu e toda a sua simbologia nos revela que ele está na base da energia kundalini.

Os deuses fálicos de antigas civilizações nada mais eram que a humanização do mistério da criação que rege sobre a vitalidade dos seres.

E na África, em algumas de suas “nações”, Exu foi a divinda¬de que chamou para si a “humanização” desse mistério da criação, mistério esse que tem numa das dimensões paralelas seus meios natural e gerador de magnetismo e energias, dimensão esta que vitaliza todas as outras dimensões planetárias, que retiram dela a quantidade exata de energias que precisam para vitalizar os seres que vivem nelas.

A dimensão natural de Exu fica à esquerda da dimensão huma¬na e nela vivem trilhões de seres naturais que são geradores naturais dessa energia que vitaliza quem se aproxima deles.

Os médiuns incorporantes conhecem bem essa qualidade de Exu, pois ao incorporá-los, sentem-se vitalizados, fortes mesmo!

Essa vitalidade acontece em todos os sentidos, não só no séti¬mo sentido, sendo que, raramente, um médium tem sua sexualidade alterada em função da incorporação de Exu, pois a maior vilalizacão se dá no seu mental e no reequilíbrio do seu emocional, assim como no fortalecimento dos seus corpos físico e energético.

O fato é que a dimensão onde vive Exu Natural é um meio gerador de energias e magnetismo vitalizadores dos seres. Mas, paradoxo dos paradoxos, se Exu Natural transpira vigor por todos os seus sentidos e não só por meio do sétimo, no entanto não vibra o “desejo”.

E por isso, Exu é limitado, pois enquanto irradiador natural da energia e do magnetismo vitalizador, não toma iniciativas próprias porque não gera o fator “desejo”, fator esse cuja principal qualidade é a de estimular os seres a tomarem iniciativas por conta própria. Por isso, Exu polariza com Pombagira e formam um par magnético e energético, indispensáveis um ao outro em vários aspectos.

Exu Natural projeta, com seu cetro simbólico, uma onda vibratória que alcança a dimensão natural onde vivem seres femininos que são geradores naturais de energia e magnetismo que despertam o desejo.

E assim Exu é estimulado a tomar iniciativas.

Já Pombagira Natural projeta, com seu cetro simbólico, uma onda que alcança a dimensão onde vive Exu e por meio dela absorve o fator vitalizador, com o qual fortalece seu mistério e sua capacidade de irradiar seu magnetismo e sua energia, estimuladores do desejo.

Exu e Pombagira são mistérios complementares e formam um par natural, assim como outros orixás se polarizam porque são complementares em vários campos, sentidos e aspectos.

Olorum, ao criar, criou tudo em partes que se completam, e também não deu a Exu ou a Pombagira a auto-suficiência plena.

O que Olorum fez com tudo o que criou foi tornar todos dependentes, senão poderiam “endeusar-se”, caso se vissem auto-suficientes.

Com isso ressaltado, fica fácil entender que Exu só atua sobre alguém caso um “desejo”, exterior a ele, o ative. Exu não tem livre iniciativa, pois só reflete os desejos alheios, seja de seus médiuns, seja dos que o evocam ou oferendam.

A DIMENSÃO NATURAL DE EXU A dimensão natural de Exu Natural (ser que nunca encarnou) é saturada de energia que vitaliza os seres. Seus habitantes naturais (os Exus) são geradores naturais (geram em si) de um tipo de ener¬gia que quando irradiada para alguém, vitaliza-o, fazendo com que se sinta forte e vigoroso, feliz mesmo!

Por isso Exu, quando incorpora em seu médium, gargalha à solta. Exu Natural transpira essa alegria natural e até sorri com nossas tristezas e tormentos.

Exu Natural não conhece os sentimentos de tristeza, mágoa ou remorso, pois não os gera em si, mas tão-somente de si. Este “gerar de si”, ocorre quando ele atinge outros seres com seu mistério em seu aspecto negativo, que é desvitalizador.

Mas não os gera em si e não os vibra quando se manifesta em seus médiuns, aos quais ofende chamando-os de “burros”, pois se não os gera em si, não entende as razões dos seus médiuns gerá-los em seus íntimos e exteriorizá-los em vários sentidos. Logo, a dimensão natural de Exu desconhece a tristeza, a mágoa e o remorso.

E quando Exu é evocado para punir alguém, ele faz o seu trabalho muito bem feito porque não sente remorso, mágoa ou tristeza ao ver que quem ele está punindo, está sofrendo.

Exu vê isso com bons olhos, pois sabe que, se não gera em si esses sentimentos, no entanto os gera de si (a partir de sua atuação) porque só assim a vida do ser aluado passará por uma transformação.

Por isso Exu é cósmico e é 7 transformador… da vida alheia. Os Exus Naturais são seres alegres, bem-humorados, pilhéri¬cos e não se ofendem com facilidade.

Mas, se Exu não gera em si a tristeza, a mágoa e o remorso, no entanto gera a confusão mental, a distorção visual e a paralisia racional.

E com isso pode, muito facilmente, tomar o errado pelo certo, o torto pelo reto, o mais fácil pelo mais correto e o mais prazeroso pelo mais racional.

E sua visão das coisas pode sofrer distorções acentuadas, levando-o a voltar seu mistério punidor justamente contra quem o evocou, num retorno violento que pode arruinar a vida de quem o ativou magisticamente.

Quanto à paralisia racional que Exu gera em si, ela se torna muito perigosa para seus médiuns, caso eles vivam metendo-os em encrencas, pois se ele se ver muito encrencado, volta-se contra quem o encrencou (no caso, o seu próprio médium).

Exu Natural é muito interesseiro e gosta de bisbilhotar a vida alheia.

E por isso ele é o recurso oracular dos jogadores de búzios, pois não tem o costume de guardar para si o que vê na vida dos outros;

vai logo revelando o que está vendo, não se importando se o que está revelando vai ajudar ou atrapalhar quem o está consultando.

A dimensão onde vive Exu Natural reflete tudo o que acontece nas outras, pois é uma dimensão especular,

e tudo é revelado porque Exu é oracular.

Logo, tudo o que acontece nas outras dimensões torna-se conhecido de Exu.

Por isso, ele sabe de tudo sobre os médiuns e seus orixás, e vai logo apontando com quais eles estão

em falta ou por quais estão sendo punidos. Exu revela tudo, inclusive desgraças, mas não se envolve

com nada se não for pago.

Essa sua característica o tornou o recurso preferido dos orixás, os quais têm nele um mistério oracular neutro,

mas que, tão logo revela algo, também se interessa pela resolução do que revelou, desde que seja oferendado.

Com isso, Exu tanto revela quanto soluciona, pois é um mistério em si mesmo que se torna muito ativo,

caso se interesse pelas suas revelações.

Quem não conhece o Mistério Exu, até pode associá-lo aos entes infernais judaico-cristãos.

Mas Exu é o oposto deles, que atuam movidos pela Lei ou por vingança, enquanto Exu,

mesmo quando ativado pela Lei, requer todo um cerimonial diferenciado porque não se envolve com

o carma de quem irá sofrer sua atuação, seja magística ou religiosa.

Exu, na magia, só responde quando evocado ritualisticamente, e se for oferendado.

E ainda assim, caso seja descoberto, interrompe sua atuação e até pode virá-la contra quem o evocou e oferendou ritualmente. Logo, Exu é um elemento mágico por excelência.

E quando é ativado pela Lei Maior (pêlos Tronos Regentes), não é o “ser”

Exu que é ativado, mas sim o

“Mistério” Exu, é agente cármico e elemento mágico, mas não é um ente infernal tal como os descreve

a teologia judaico-cristã, desconhecedora dos mistérios naturais (associados a elementos da Natureza).

A teologia judaico-cristã, toda ela mentalista, está fundamentada em conceitos abstratos de como é Deus,

fato este que cria um hiato entre o Criador e Sua criação.

Estudem a Bíblia e verão que ela está toda fundamentada em histórias e estórias humanas, em que seus

profetas assumem uma importância muito grande e 8 tudo o que disse¬ram é seguido à risca pêlos seus fiéis.

Com isso, as divindades dos povos antigos, inimigos dos judeus, assumiram a condição de entes infernais.

Isso se deve ao simplismo com que associam seus inimigos encarnados aos seus demônios abstratos,

que só existem nas suas mentes delirantes.

Tal como vimos líderes religiosos iranianos associarem um inimigo (os EUA) a satã, os antigos judeus

também associavam os povos inimigos ou suas divindades a entes infernais.

E o mesmo nós vemos acontecer aqui no Brasil, quando assistimos a tolos delirantes associarem orixás

a entes trevosos criados por suas mentes distorci¬das e delirantes.

Por causa de disputas políticas, comerciais e territoriais, as divindades dos povos filisteu, egípcio, assírio, caldeu,

hitita, grego, romano, etc., foram todas descritas como entes infernais.

Posteriormente no imaginário judaico, e mais tarde no imaginário cristão, essas divindades tornaram-se

“demônios” assustadores que “devoravam” pessoas, ou as atormentavam durante o sono,

já que tinham desde a mais tenra idade a psique povoada com espectros assustadores, cujos nomes

ficavam gravados como “bichos-papões”

que atormentavam aqueles que não se curvassem ante a casta religiosa estabelecida, ou não seguisse ao pé da letra seus

dogmas doutrinários.

O inferno judaico-cristão é um caos, porque seus entes infernais são produtos de puro abstracionismo mental,

já que é formado por divindades alheias, todas tachadas de demónios por seus idealizadores.

No universo religioso dos orixás, tudo é muito bem distribuído; tudo é descrito como aspectos do Divino Criador Olorum, e não existe esse inferno caótico.

O que há são os pólos negativos das irradiações divinas, aos quais são recolhidos todos os seres que regrediram

espiritualmente, negativaram seu magnetismo mental ou bloquearam suas faculdades mentais.

Nesses pólos negativos estão assentados os Tronos Cósmicos responsáveis pela aplicação dos aspectos negativos e

punitivos dos orixás regentes das irradiações divinas.

Esses Tronos Cósmicos não são Exus, mas sim seres divinos assentados nos pólos negativos,

cujo magnetismo natural atrai todos os seres que se negativarem e desenvolverem magnetismos mentais análogos aos dos

seus tronos energéticos, que são como imãs seletivos

. — Temos Tronos Cósmicos que lidam com seres cuja religiosi¬dade foi desvirtuada.

— Temos Tronos Cósmicos que lidam com seres que atentaram contra a vida de seus semelhantes, etc.,

Exu é do Mal? mas eles não são Exus.

Uns são Tronos Cósmicos da Água, outros do Fogo, outros do Ar, outros da Terra, outros dos Minerais,

outros dos Vegetais e outros dos Cristais, mas não são Exus.

Cada um desses Tronos “elementais”, cósmicos e negativos, possui suas hierarquias,

que se desdobram nos planos posteriores, tais como os duais, os encantados e os naturais.

— Os Tronos Cósmicos negativos elementais são de um só elemento, o qual 9 tanto irradiam como absorvem.

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