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Cidade das trevas Umbral

Cidade

Segundo o Novo Aurélio – O Dicionário da Língua

Portuguesa, a palavra umbral foi tomada do espanhol e

significa soleira, limiar, entrada, ou seja, a faixa mínima de 

Umbral, A Cidade das Trevas

VEJA:

Tome um Passe

Relato de um Espírito Estado Putrefação

piso que se acha entre as laterais de uma porta, portão ou  passagem, e serve de limite entre um cômodo e outro numa

construção.

André Luiz em seu livro fala da cidade também chamado Nosso Lar, ele conta como  ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o

enfermeiro Lísias lhe dava as primeiras informações sobre a  colônia e descreveu-o como região onde existe grande

perturbação e sofrimento e para a qual a colônia dedicava  atenção especial.

Sem entender bem do que se tratava, voltou a insistir com  Lísias para saber mais detalhes e, no capítulo seguinte, narra

novo diálogo com o enfermeiro, em que este lhe deu  maiores detalhes desta região do astral, não sem antes

perguntar como ele poderia não conhecer o Umbral se havia  ficado lá por tantos anos.

Cidade é a zona de quantos no mundo?

É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a  atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri

-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos  erros numerosos.”  Enfim, desde então, a palavra Umbral, escrita com letra

maiúscula, como o fez André Luiz no livro Nosso Lar, tomou  significado especial, principalmente entre os espíritas,

designando a região espiritual imediata ao plano dos  encarnados, para onde iriam e onde estariam todos os

espíritos endividados, perturbados e desequilibrados depois  da vida.

Com esta conotação

Com esta conotação, a palavra difundiu-se muito e  transformou-se num quase sinônimo do Inferno e do

Purgatório dos católicos, com localização geográfica,  tamanho, etc., conceito este que o próprio Allan Kardec,

codificador do Espiritismo, já havia desmitificado em suas  obras, mais de 80 anos antes, especialmente em O Livro dos

 Espíritos, nas seguintes perguntas:

Como vemos pelas respostas dos espíritos a Kardec, o  Inferno  e o Paraíso não passam de estados de espírito, condição

moral de sofrimento ou felicidade a que estão sujeitos os  espíritos por suas próprias atitudes, pensamentos e

sentimentos durante a vida encarnada e depois dela.

A grande diferença é que, no mundo físico, podemos  embelezar artificialmente o nosso ambiente e a nossa

aparência, enquanto que no plano astral isso não é possível,  pois lá todos os nossos defeitos, mazelas, falhas, paixões,

manias e vícios ficam expostos em nossa aura, exibindo  claramente quem somos como consciências e, não, como

 personalidades encarnadas.

É uma “região” energética onde os afins se encontram e  vivem, onde podem dar vazão aos seus instintos, onde

convivem com o que lhes é característico, para que um dia,  cansados de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do

universo, entreguem-se aos espíritos em missão de resgate,  que estão sempre por lá em trabalhos de assistência.

O que acontece é que os espíritos se reúnem obedecendo,  apenas e unicamente, à sintonia entre si e acabam

formando

anéis energéticos em torno do planeta, ou melhor, em torno  da humanidade terrena, pois ela é parte da humanidade

espiritual que o habita e é também o foco de atenção de  todos os desencarnados ligados a ele.

As camadas descritas

As camadas descritas em alguns livros são mais um recurso  didático para facilitar o entendimento e o estudo do mundo

espiritual, pois não há limites precisos entre elas, assim  como não há divisas exatas entre um bairro e outro de uma

mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem  diferentes.

Em outro de seus livros, Deixe-me Viver, pela psicografia  da mesma médium, ele fala mais especificamente da

situação dos espíritos abortados e aborteiros, vivendo lado a  lado na faixa vibratória de seus atos.

Ali, além do relato de vários espíritos perturbados, vamos  também encontrar relatos de espíritos relativamente felizes,

alguns apenas algumas horas após o seu desencarne,  demonstrando que céu e inferno são condições espirituais

íntimas, alcançadas por merecimento, que acompanham o  espírito onde quer que ele esteja e se mantêm e

intensificam  pela sintonia com outros espíritos nas mesmas condições.

Compreender que já estamos

É preciso que compreendamos que todos nós já estamos  vivemos numa dessas “camadas” de Umbral que envolvem a

Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral  particular sempre que contrariamos as leis divinas

universais,  as quais podem ser resumidas numa única expressão:

amor  incondicional.

Cidade

Isso é necessário para o bem do próprio espírito, a fim de que  ele possa se livrar de energias espirituais altamente

tóxicas  que desequilibram e bloqueiam sua mente para energias  mais sutis e saudáveis, e também perturbariam os

ambientes  mais equilibrados, como as cidades colônias como “Nosso Lar”,  caso fossem levados para lá nesse estado.

No entanto, não podemos nos esquecer que, muitas vezes, os  espíritos desencarnam em tal estado de alheamento e

perturbação, que não resta outro recurso a não ser deixar  que a natureza siga seu curso e faça o trabalho necessário de

depuração, colocando-os com seus semelhantes para que,  juntos, filtrem, uns dos outros, as energias que os

envenenam, e para que, observando as atitudes uns dos  outros, possam compreender onde erraram e queiram

 reiniciar o processo de melhoria interior.

Dentre estes, uma pequena parte procura manter uma  conduta ética elevada, 24h por dia, tentando sempre

melhorar-se como pessoa, buscando sempre ajudar e  crescer, e, muitas vezes, é levada ao Umbral em missão de

resgate ou assistência, trabalhando com espíritos mais  preparados, doando suas energias pelo bem de outros

espíritos, como também informa Wagner Borges, em seu  livro Viagem Espiritual II, dizendo:

E nisto reside a sua grande chance de se sentir útil perante a  vida, pois, fora do corpo, ele é levado por seus amigos

espirituais às pessoas necessitadas, físicas e extrafísicas,  onde a sua energia conciencial é de grande ajuda.

Mas há um grande número dos que conseguem sair de seu  próprio lar durante o sono e vão para o Umbral ou cidade no

Umbral por

afinidade, em busca daquilo que tinham em mente no  momento em que adormeceram, ou obedecendo a instintos

e desejos inferiores que, embora muitas vezes não estejam  explícitos na vigília, estão bem vivos em sua mente e

surgem  com toda força quando projetados.

Essas pessoas, muitas vezes, acabam sendo vítimas de  espíritos profundamente perturbados ligados ao Umbral,

que as vampirizam e manipulam, em alguns casos chegando  até a interferir em sua vida física, criando problemas

familiares, doenças, perturbações psicológicas, dificuldades  profissionais e financeiras, etc.

Entregamos ao vício

Toda vez que nos entregamos aos vícios, à exploração dos  outros, aos desejos de vingança, aos preconceitos, criamos

ligações com mentes que vibram na mesma faixa doentia e  estão sintonizadas com o Umbral.

É por essa razão que Jesus nos aconselha a vigiar e orar,  indicando que, para termos paz de espírito e equilíbrio, é

necessário estarmos sempre atentos aos próprios impulsos e  ligados a mentes iluminadas que possam nos inspirar

 sentimentos e pensamentos elevados.

Cidade

Por isso é importante que não vejamos o Umbral como um  lugar a ser evitado ou uma idéia a não ser comentada, mas

como desequilíbrio espiritual temporário de espíritos como  nós, que, muitas vezes, só precisam de um pouco de atenção

e orientação para se recuperarem e voltarem ao curso sadio de suas vidas.

Além de retirar espíritos dessa sintonia, os trabalhos de  desobsessão e orientação a desencarnados de grupos

mediúnicos bem orientados, equilibrados, livres de  preconceitos, prestam um grande serviço à própria

humanidade terrena, na medida em que recuperam muitos  obsessores e assediadores que lá vivem e se ocupam de

perseguir espíritos encarnados.

Não são diferentes de nós, mas tão semelhantes, que vivem  lado a lado conosco, todos os dias, observando nossos

atos,  analisando nossos pensamentos, vigiando nossos  sentimentos, prestando atenção às nossas atitudes.

 

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